Instalação de Ubuntu Server 8.10

2008-11-02

Dando continuidade ao post “Construir um ubuntu ( ou uma distribuição própria, por assim dizer..)” que escrevi há dias, decidi escrever aqui um passo-a-passo de como efectuar uma possível configuração, mínima, e com ambiente gráfico.

Então para isso vou seguir com o Ubuntu-server, que me interessa (e instala alguns pacotes na qual tenho interesse, como o servidor LAMP), e vou adicionar um ambiente gráfico e um conjunto de aplicações que considero necessário para o meu uso. Vou efectuar esta instalação numa máquina virtual do VirtualBox, que prefiro a outras aplicações de virtualização como o VMWare.

Para começar, criei uma nova máquina virtual para Ubuntu com 756MB de RAM e um novo disco de 8GB, dinamicamente expansível. Antes de iniciar, é util efectuar uma operação que resulta das características do novo kernel. Porque o kernel 2.6 do linux tem algumas dependências do processador, no Virtualbox, é necessário activar o suporte à virtualização e o PAE (extensão de endereço físico). Para tal, depois de criar a maquina virtual,com o botão direito selecciona Definições -> Geral -> Avançado e seleccione “Activar VT-x / AMD-V” e “Activar PAE/NX”, como mostra a figura:

Se não o activar, ao reiniciar a máquina após a instalação, irá aparecer uma mensagem de panico do kernal:

Activando o PAE, esta situação desaparece, e naturalmente o hardware usado tem de suportar a função. Esta solução esta descrita no site Tombuntu.

A máquina está pronta para instalar o ubuntu-server, faltanso apenas carregar (montar) o ISO, para a instalação. Este pode ser efectuado novamente nas definições da máquina virtual, em CD/DVD ROM, escolhendo uma imagem ISO do server (ou então o alternate CD que tb tem imensas opções de instalação, sem instalar o sistema ubuntu completo com os programas).

A instalação é bastante “directa”, bastando seguir os passos descritos. E até é um processo bastante rápido. Basta seguir os passos (é quase sempre “next”).  Ao nível do disco e partições, escolhi “guiado – usar disco inteiro e … LVM”, mas podes utilizar o que é mais conveniente para o teu teste. Neste caso não tinha necessidade de qualquer outro tipo de alteração.

No diálogo de selecção de software, escolhi adicionar o servidor LAMP, Sevridor OpenSSH, e host de Maquinas virtuais. A esolha vem de algumas situações que quero testar. Ao fim de cerca de 10 minutos, o SO está instalado e pronto a utilizar (quase). Resta desmontar o ISO e reiniciar a VM.

Naturalmente, ao iniciar, não teremos nenhum ambiente gráfico. O Ubuntu Server é essencialmente “shell-based” e dependente da linha de comandos. Vamos então adicionar o ambiente gráfico para termos um ambiente mais “comun” e agradável.

No post “Construir um ubuntu ( ou uma distribuição própria, por assim dizer..)” mostrei como adicionar o XFCE, como gestor de janelas. Vou continuar a usar o XFCE para este exemplo. Já testei o GNOME, mas foram demasiados elementos a serem introduzidos para o meu gosto, e o XFCE é levezinho e rápido, o que é optimo.

Então no terminal deve ser exectutado o seguinte comando para actualizar a lista de repositórios da instalação:

Agora segue a instalação de alguns pacotes necessários e uteis:

  • xorg – o sistema gráfico para o linux e que permite ter um ambiente gráfico. Inclui bibliotecas, fonts, suporte para imagens,  e afins do x-server; (Down: 32.1 MB / Espaço Ocupado: 93MB)
  • xfce4 – o gestor de janelas do XFCE (D: 44MB / EO: 177MB)
  • synaptic – gestor de pacotes e de instalação de aplicações (D: 13.5MB / EO: 81.5MB)
  • firefox – browser, quase obrigatório incluir, até para poder pesquisar qualquer situação. A instalação inclui o ubufoz que permite adicionar extensões através do synaptics. (D: 23MB / EO: 84,5MB)
  • ntfs-config – o ubunto tem suporte para o sistema de ficheiros NTFS integrado (através do ntfs-3g) mas para poder escrever correctamente para lá, esta aplicação permite activar a opção de escrita. (D: 45kB / EO: 442kB)
  • thunar-volman – thunar é o explorador de ficheiros do XFCE. O thunar-volman permite uma melhor gestão e integração de discos amovíveis, como pens e afins. Importante para a escrita em NTFS. (D: 73,1kB / EO: 471kB)
  • virt-manager – gestor gráfico de maquinas virtuais baseado no KVM, que foi instalado no server. (D: 1.5MB / EO: 7.3MB)

Para isto lanço o comando:

ou instalar cada pacote individualmente, de pretender algum controlo. No mínimo é conveniente ter o xorg, xfce4 e o synaptic, permitindo instalar o resto através do synaptic.

Instalado, resta iniciar o ambiente grafico escrevendo o comando

Executando a aplicação gráfica de adicionar e remover programas (o menu surge clicando com o botão direito do rato no desktop, e a aplicação está no menu “sistema”). podemos adicionar mais algumas aplicações, nomeadamente:

  • disk analyser – aplicação gráfica com informação sobre o disco e espaço ocupado, com base no Baobab e algumas bibliotecas do Gnome
  • gedit – bloco de notas do GNOME, que estou habituado a usar.
  • monitor de sistema monitor do sistema, CPU e memória, semelhante ao gestor de tarefas do Windows.
  • 7zip – pacote para ver e abrir ficheiros compactados, também existente para o Windows. (a alternativa gratuita ao WinZip e WinRar).

Uma analise efectuada executando o analisador de disco (Menu -> Accessorios -> Analisador de Utilização do disco), podemos ver o estado da instalação do disco:

São utilizados cerca de 1.4GB do disco, onde cerca de 450MB são programas novos instalados, e 188MB são ficheiros na cache do programa apt (/var/cache/apt), que podem ser removidos se desejados.

Num próximo post, irei referir a configuração do ambiente gráfico, do aspecto, menus e afins. O XFCE é efectivamente interessante e eficiente.